A Geração Z e a ascendência dos influenciadores digitais

1 mar

A Geração Z e a ascendência dos influenciadores digitais

Por Sérgio Maris[1]

A cultura de massa não existe mais! Em um cenário de comunidades e mercados cada vez mais nichados, as empresas tendem a atuar globalmente, e competir de forma local. Com o fácil acesso às ferramentas de edição de vídeo e mixagem de áudio, à Inteligência Artificial e a uma variedade de meios e formatos de comunicação digital, comunidades online e influencers tem ampliado a capacidade de desenvolver e propagar tendências à nível internacional.

Conforme o relatório “Cultura e Tendências” do YouTube[2], em pesquisa realizada em 14 países, 60% dos adultos entrevistados “afirmam que estão abertos a assistir criadores que usam IA para gerar conteúdo”; e 52% “assistiram um [influenciador] nos últimos 12 meses”, demonstrando a abrangência deste mercado.

Nesse processo de mudança cultural, é relevante a participação da Geração Z, ao procurar narrar e dar sentido à história de suas vidas. Seja para campeonatos de memes, reivindicações políticas e boicotes, essa geração, através da internet, está se transformando de expectadora a construtora de mercados e nichos de consumo. Ou seja, o mundo aonde as tendências vinham somente das grandes indústrias mudou.

Um exemplo disso é a #BookTok com mais de 219.5bi de visualizações e 60bi de vídeos, onde a comunidade do TikTok compartilha histórias literárias e autobiográficas como entretenimento, estimulando também o gosto pela literatura[3].

Protagonizadas pela Geração Z, tendências culturais e de mercado transformam não só suas próprias práticas e comportamentos, mas também pressionam e influenciam as gerações ascendentes e descendentes em suas relações de consumo, no mundo do trabalho, posicionamento político-ideológico e o modo como se portam em todas as esferas da vida.

Nesse sentido, a campanha #MakeItAffordable luta por preços justos para medicamentos, moradia e educação; e a #BlackLivesMatter, do movimento homônimo criado em 2013, pressionou empresas a adotarem políticas de diversidade e inclusão racial no mercado de trabalho. Ambas tiveram forte influência da Geração Z, e são exemplos de como essa geração se posiciona frente ao mercado.

É importante que o mercado se atente às mudanças culturais para captar o sentimento do consumidor. Ao acompanhar essas mudanças, podemos desenvolver estratégias de mercado mais eficazes e alinhadas com as demandas contemporâneas.

A Jumppi é uma empresa de pesquisa e inteligência especializada em estudos de tendência, mapeamento do comportamento do consumidor e acompanhamento e monitoramento de redes sociais.

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Tendências culturais | Gen Z | Sentimento do consumidor

[1] Sérgio Maris é estudante de Ciências Sociais pela PUC-MG e se dedica aos estudos de tendências de mercado e comportamento do consumidor na Jumppi – Inteligência e Pesquisa.

[2] YouTube. Relatório 2023 de Cultura & Tendências. 2023. Disponível em: <https://blog.youtube/intl/pt-br/news-and-events/relatorio-de-cultura-e-tendencias-do-youtube-2023/>.

[3] Vice. The Vice Guide to Culture. 2024. Disponível em: <https://www.vicemediagroup.com/insights/>.