IA Generativa e a revolução do marketing e da indústria da criatividade

JUMPPI TREND TALKS

Por Sérgio Maris

Você sabia que seis a cada dez lideranças de marketing estão usando a IA Generativa para criar conteúdos incríveis e inovadores? Essa é uma das principais tendências do mercado em 2024, que está transformando a forma como as marcas se comunicam com os consumidores e se destacam da concorrência.

A IA Generativa é uma tecnologia que utiliza algoritmos de aprendizado de máquina para gerar conteúdos em diferentes formatos, como texto, imagem, áudio e vídeo a partir de dados ou palavras-chave. Essa tecnologia permite que os profissionais de marketing e da indústria criativa produzam conteúdos de forma mais rápida, eficiente e personalizada, além de estimular a criatividade e o desenvolvimento cognitivo dos usuários.

Um exemplo de sucesso é o myAI, o chatbot do Snapchat que utiliza a IA Generativa para oferecer aos usuários sugestões de design, recomendações de produtos de beleza, entre outras funcionalidades. Mais de 150 milhões de pessoas já usaram o myAI, que se tornou um dos principais diferenciais da plataforma.

A IA Generativa também está mudando a forma como os consumidores interagem com as marcas nos meios digitais. Em vez de respostas curtas e padronizadas, os chatbots podem gerar conversas fluidas e naturais, adaptando-se ao perfil e às preferências de cada usuário. Isso cria uma experiência mais humana e personalizada, que aumenta a satisfação e a fidelização dos clientes.

Além disso, ela pode ajudar as marcas a se posicionarem melhor no mercado. A tecnologia auxilia na criação de conteúdos que reflitam os valores e propósitos das empresas, bem como na identificação das expectativas e necessidades dos consumidores.

Segundo pesquisa da Dentsu, 71% dos CMOS e 78% dos consumidores acreditam que a IA Generativa é o futuro do marketing. O investimento em publicidade está previsto para aumentar 6,9% em 2024, totalizando US$734,6 bilhões, em 2025. Na América Latina, liderada pelo Brasil, no mesmo período o crescimento previsto é de 4,5%.

Diante desse cenário, as empresas que quiserem se manter competitivas terão que investir na IA Generativa como uma ferramenta estratégica para criar conteúdos relevantes, originais e personalizados. Esta é uma oportunidade única para as marcas se conectarem com os consumidores de forma mais profunda e autêntica, gerando valor e confiança.

Nesse sentido, o funcionamento das mídias de varejo é um fenômeno importante de se analisar. A retail media é uma forma de publicidade que consiste em exibir anúncios de marcas dentro dos canais dos varejistas, sejam eles digitais ou físicos.

Essa estratégia permite que os varejistas monetizem seus espaços e dados, gerando receita adicional além das vendas de produtos. Assim, as marcas alcançam consumidores que já estão em busca de soluções, aumentando as chances de conversão e fidelização, em um ambiente propício para o ato de compra. Uma aposta certa, é de que soluções de IA já estão sendo pensadas e aplicadas nas estratégias de retail media.

 Em conclusão, o mercado global de publicidade está em um ritmo acelerado de transformação e progresso impulsionado pela IA Generativa e suas aplicações em assistentes virtuais e pesquisa inteligente. A IA Generativa é, sem dúvida, a representação de uma nova era de ouro da criatividade, que promete revolucionar o marketing e a indústria criativa nos próximos anos.

E aí?! A sua empresa já utiliza a IA Generativa em suas ações de marketing? Não fique preso no passado, a Jumppi te auxilia a compreender os movimentos do presente que revelam os cenários futuros. Entre em contato conosco para descobrir mais sobre essas e outras tendências do mercado.

Indústria Criativa | IA Generativa | Marketing e Publicidade

Ao inovar não foque no produto, mas na tarefa que ele cumpre!

Ao inovar não foque no produto, mas na tarefa que ele cumpre!

*Por Fernando Giberti

A inovação é um processo fundamental no mercado atual e consensual em todas as empresas, mas que nem sempre é bem-sucedido. Muitas empresas têm canalizado muita energia e investimentos na inovação de produtos, serviços, busca por eficiência operacional e diversos outros desafios. Nestes esforços são estruturados departamentos, há mobilização de equipes, consultorias e outros que despendem muitos recursos e investimentos.

Mas porque a inovação não avança em muitas empresas? Por que muito do que é investido não se consolida? Isto ocorre porque muitas empresas enxergam a inovação de maneira míope, sem muita clareza do que é preciso ser feito.

“Ao inovar não se deve focar somente no produto, mas na tarefa que ele cumpre!” Fernando Giberti

O conceito de miopia no mundo dos negócios já era trabalhada por Theodore  Levitt desde de 1960 e muito reforçado por Peter Drucker, conhecido como o pai da administração moderna, em alguns de seus conceitos. Dentre eles ouvimos que: “o que um cliente compra raramente é o que uma empresa pensar estar vendendo” (Peter Drucker).

Por traz desta miopia, da falta de compreensão do que realmente precisa ser feito, estão vários problemas das organizações atuais, como a falta de centralidade ou distanciamento do cliente, a sua incapacidade de acompanhar e reagir rapidamente aos movimentos do mercado e até mesmo de entender o propósito do próprio negócio.

Ao se olhar para o processo de inovação, busca de soluções e alternativas, poucas empresas observam seus clientes e como eles tem resolvido suas tarefas. Elas estão muito focadas no produto. O conceito de JTBD ou Job To Be Done, que pode ser entendido como a tarefa que os produtos ou serviços fazem, buscam trazer luz ao processo de inovação, proporcionando uma visão clara sobre os motivos de compra e finalidade de uso de um produto ou serviço.

Por meio desta compreensão é possível se ascender a um processo de inovação realmente prático e direcionado aos anseios dos consumidores. Como exemplo, podemos citar a visão genial de Steve Jobs que veio a salvar a Apple em determinado período. Entendendo o comportamento do público que compartilhada músicas pelo Napster, Steve criou uma nova forma de comercialização, dando liberdade para os consumidores comprarem apenas as músicas que mais gostavam e não somente o CD inteiro. Surgiu a partir daí o Itunes e os Airpods.

O JTBD é um processo de que permite as empresas se voltarem para o cliente e direcionar toda a cultura centrada no cliente ou customer-centric. Outro exemplo, para melhor contextualizar a visão do cliente, é o uso de automóveis. Existem diversas tarefas que um carro pode cumprir para os consumidores, como o de transportar os filhos para a escola, viagens de turismo e deslocamento casa-trabalho como óbvios, mas diversas outras tarefas podem ser cumpridas, como apoio a alimentação (quem nunca parou em um drive tour para comer algo enquanto se desloca?), ligadas ao consumo compensatório (se você não conhece este conceito, convidamos a acessar a este interessante conteúdo complementar) ou mesmo para se fechar um negócio. Aqui faço uma pausa para contar um caso real:

Um de meus queridos professores de marketing, o saudoso JB, em um de seus momentos de compartilhar experiências, nos contou um dos motivos que o levou a deslanchar sua empresa de consultoria. Em um belo dia, participando de uma concorrência, o cliente o convidou para uma apresentação presencial de sua proposta. Para sua surpresa, ao chegar no cliente, havia em sua sala outra consultora concorrente.

O cliente iniciando a reunião, após as devidas apresentações, informou que havia gostado muito das duas propostas que recebeu e precisava confrontá-los para tomar sua decisão. Então proferiu algumas perguntas sobre o escopo e outras como: Por que eu deveria contratar vocês?  Ambos responderam muito bem a todos os questionamentos do cliente. Ainda duvidoso sobre a melhor decisão e olhando de sua janela o estacionamento da empresa, perguntou: Qual é o carro de vocês?

A consultora apontou para seu carro, um importado alemão, enquanto o professor apontou, meio envergonhado, para o seu carro popular. Assim que respondido o cliente agradeceu aos dois, informando que já havia tomado sua decisão e faria a ligação no dia seguinte para comunicar. O resultado vocês já sabem: ele perdeu o contrato. A partir daí entendeu que o carro também cumpria outra tarefa por ele, o de fechar contratos e aprimorar sua imagem pessoal. Passou então, sempre que visitava um cliente, a alugar um carro importado, até que pudesse comprar um. Suas vendas melhoraram significativamente a partir daí.

A tarefa que um produto pode cumprir para um cliente é algo determinado e adaptado por ele. Seja pela sua condição de vida, fatores sociais, psicológicos, culturais, na busca de resolução de um problema ou por diversos outros motivos. Independente de quais sejam, as empresas precisam se centrar no cliente, procurando entender melhor como eles buscam, por meio de produtos ou serviços, atender as suas necessidades ou desejos. O JTBD é um mecanismo para interpretar o produto sob a ótica do cliente, observando e investigando como atua no atendimento as suas diferentes demandas.

Com um olhar para o Job To Be Done, o processo de inovação passa a ser direto no atendimento aos anseios, necessidades e desejos dos consumidores, sendo possível entregar um produto ou serviço mais adequado ao que se espera dele.

É ainda importante entender que o processo de inovação não precisa ser sempre disruptivo para potencializar um negócio, mas, por vezes, mais ajustado, adaptado aquilo que o cliente busca resolver.

Outro caso emblemático e que gerou a teoria do JTBD é do Milk Shake, contado por Clayton Christensen, quando realizou uma consultoria para uma rede de fast-food americana. Ele e sua equipe, mapeando as vendas, se depararam com um comportamento atípico no consumo de milk shake nos primeiros horários do dia. Intrigados, ele e seu time, buscaram entender melhor este fenômeno. Eles então identificaram que os clientes que passavam muito tempo no deslocamento entre casa e trabalho, compravam o produto por considerarem nutritivo e fácil de ser consumido ao volante. Ao entender a tarefa que o produto cumpria para os clientes, foi mais fácil inovar no atendimento, composição do produto, comunicação e mecanismos de venda mais ágeis e automáticas, como colocar máquinas de venda do lado de fora do restaurante.

Seja qual for o seu desafio, centrar-se no cliente e entender o seu comportamento, pode contribuir de forma significativa ao processo de inovação.

A Jumppi é uma empresa de pesquisa especialista e estudos de comportamento de consumo, que atua com metodologias ágeis e direcionadas a obter informações e insights valiosos para seus clientes.

Entenda como esta técnica pode ser aplicada ao seu processo de inovação, conversando com um e nossos especialistas.

Inovação | Customer Centric | Job To Be Done

O que fazer quando as metas não são alcançadas?

Em cenários de incerteza, de oscilações e insegurança econômica, ou mesmo movimento mais agressivo da concorrência, é natural uma maior dificuldade para alcançar as metas, não é mesmo? Acontece que nem sempre são os fatores externos. Parte do que está acontecendo pode ser influência das decisões tomadas pela sua empresa e pouco pautadas em informação. Mas então o que fazer quando as metas não são alcançadas?

A resposta a este problema pode ter várias e diferentes fundamentações. Aqui apresentaremos um direcionamento prático, direto e que, se continuado, pode levar elevar sua empresa na cultura data driven e ao estabelecimento de inteligência de mercado a tornando mais ágil e assertiva.

Separamos três passos essenciais para analisar por que as metas não estão sendo alcançadas.

  1. Diagnóstico situacional

Em primeiro lugar é preciso fazer um bom diagnóstico da situação, reunindo dados de resultados passados e entendendo, por meio deles, se há alguma evidência. Neste processo também é preciso avaliar as decisões tomadas, buscando compreender sua relevância sobre os resultados e o que foi desencadeado a partir delas.

A capacidade de autocrítica não é nada fácil, mas uma virtude muito importante no mundo dos negócios. Somente por meio de uma visão crítica sobre o que tem sido feito é possível resolver os problemas e buscar novas soluções para as questões pontuadas.

Analisar os dados históricos de resultados, permite aos colaboradores conhecer melhor sua empresa, entendendo as ações e decisões passadas, contextualizando o que deu mais e menos resultado.  Esta é uma forma rica para se conhecer mais a fundo as características do negócio, suas boas práticas, mas também buscar fatos relevantes que expliquem os resultados atuais.

Analisar os dados de resultados em uma linha do tempo, registrando a data de importantes eventos (ações, decisões, relatos, ou outras informações relevantes) é uma forma bastante interessante de visualizar e analisar o que aconteceu e o que pode estar acontecendo.

Não se atenha apenas a indicadores do passado, busque estabelecer indicadores líderes, ou seja, indicadores que auxiliem da identificação precoce dos problemas ou de oportunidades futuras.

Por exemplo: ao invés de se ater a somente nos dados de venda passados, verifique e acompanhe como está a entrada do seu funil, tenha diálogo constante com seus clientes. Entenda como os clientes atuais estão considerando soluções emergentes aos seus desejos e necessidades.

  1. Analisar o mercado

“O futuro já está aqui. Só não é distribuído uniformemente.” (William Gibson, escritor de ficção científica).

Este é um problema apenas meu? Outro aspecto chave é olhar para o mercado. Buscar informações sobre a economia, realizando uma análise contextualizada destes indicadores cruzados a performance da sua empresa, mas também equiparadas ao seu setor.

Por meio das informações de mercado é possível identificar problemas externos e evidenciar se é algo pontual a sua organização ou conjuntural do seu setor. O “pensamento associativo” é uma interessante forma de se analisar conceitos aparentemente díspares, para se desenvolver um diferente entendimento ou uma nova ideia.

Alguns setores possuem entidades fortes, fazer parte destas entidades e, por meio delas, buscar mais informações e contexto sobre o seu setor é fundamental. Tendo abertura, vale ainda um diálogo com outras empresas do seu segmento.

Ao analisar o mercado, além dos dados econômicos e setoriais, deve-se acompanhar as mudanças de regulamentação, questões políticas e até mesmo os indicadores socioeconômico da região onde atua.

Os dados de mercado também precisam ser acompanhados de análises do movimento comercial, de marketing e de expansão dos principais competidores. Acompanhar as ações dos concorrentes, de forma constante, permite as empresas reagir de forma mais rápida a qualquer movimento mais intenso e que impacte diretamente sobre seus resultados.

O processo de associar distintas informações, permite as empresas desenvolver modelos preditivos, modelos de impacto, análise e simulação de cenários, tornando mais contextualizadas e aprofundadas o entendimento do meio ao qual está inseria a sua organização.

Caso não tenha muitos dados existem diferentes caminhos para uma tomada de decisão em meio a incertezas. Veja este artigo da Harvard Business Review.

  1. Investigação aprofundada

Se os dados internos de resultados, histórico de decisões, assim como a análise de mercado, não trouxer evidências seguras sobre o que está acontecendo, será preciso ir mais fundo no problema.

Uma investigação mais aprofundada, por meio de pesquisa de mercado, é uma forma de buscar uma explicação mais detalhada, direta e segura sobre o que está acontecendo.

A pesquisa é o meio mais seguro e assertivo para responder aos problemas organizacionais e, indo além, por meio dela, acessamos informações estratégicas permitindo encontrar soluções mais diretas para alcance dos resultados e diferenciação competitiva.

É comum que algumas empresas recorram a consultorias, conselhos e outros mecanismos de visão externa, mas sem dados seguros não há para onde correr.

Por fim, após realizar todo este esforço, que traz um ganho de aprendizado significativo para qualquer empresa, é importante manter estas ações de forma regular. Este processo continuado e de aprimoramento da gestão, se denomina Inteligência de Mercado.

A Inteligência de Mercado

A inteligência de mercado, resumidamente, pode ser denominada com um processo de monitoramento de dados, compartilhamento de informações e aprendizado constante, apoiando a tal gestão do conhecimento e tomada de decisão. Esta é uma atividade central para direcionar as empresas para a cultura data driven, ou seja, a tomada de decisão e insights baseados em dados.

O estabelecimento da inteligência de mercado nas empresas, além dos benefícios de se manter atualizados, dar melhor contexto e direcionamento aos colaboradores, torna a empresa mais competitiva e, principalmente, mais ágil e assertiva olhando para o futuro.

Tudo isto acontece principalmente pela sua capacidade de endereçar corretamente respostas aos problemas organizacionais e antecipar o que está por vir.

Além de ser especialista em pesquisas de mercado, a Jumppi também é especialista em inteligência de mercado, auxiliando as empresas de forma consultiva no estabelecimento de processos de inteligência, como provendo dados integrados para as diversas áreas de negócio.

Por meio do processo de inteligência de mercado e dados integrados da Jumppi, as empresas ganham em eficiência comercial, direcionamento de expansão de mercado, estabelecimento de metas seguras, participação de mercado e identificação de oportunidades, por exemplo.

Os motivos pelos quais sua empresa não está alcançando as metas podem ser diversos, mas sem um processo baseado em inteligência de mercado, a resolução poderá ser pontual, havendo necessidade de reativar todo o processo novamente apenas quando um problema já está desencadeado. Aqui sua empresa não está se antecipando a nada, apenas reagindo, as vezes tardiamente, ao que está acontecendo.

A inteligência de mercado, busca por meio do monitoramento constante, antecipar a identificação de problemas e agindo prontamente no direcionamento da resolução. Sem ela, sua empresa estará refém dos insights criativos e, por vezes, pouco fundamentados dos seus colaboradores.