Tomar decisões acertadas no ambiente corporativo depende de ter dados suficientes para conectar a empresa à realidade dos consumidores. Sem esse subsídio — proporcionado pela inteligência de mercado —, as ações definidas ficam aquém do esperado. Como consequência, os objetivos deixam de ser alcançados.
A questão é saber utilizar essa estratégia a favor do seu negócio. Mais que coletá-los, é necessário conhecer a melhor forma de interpretá-los para obter insights valiosos sobre o comportamento do consumidor, as tendências de mercado e as práticas que trarão mais retorno. Vamos explicar melhor esse contexto neste artigo. Confira!
O conceito de inteligência de mercado
Inteligência de mercado — ou competitiva — é uma estratégia de marketing que utiliza dados externos e internos para gerar valor ao negócio. Por meio deles, é possível entender o contexto da empresa e do mercado, e traçar ações para a melhoria da vantagem organizacional e o aperfeiçoamento das práticas aplicadas.
Dentro desse escopo, estão informações relevantes sobre o segmento de atuação da companhia. Entre elas, estão as tendências e o monitoramento de consumidores e concorrentes. Os dados servem para embasar as tomadas de decisão e definir as ações mais precisas para aumentar sua participação de mercado e aproveitar as oportunidades existentes.
É importante destacar ainda que a inteligência competitiva faz parte do Sistema de Informação de Marketing (SIM). Essa solução fornece o apoio necessário para as tomadas de decisão na área de marketing. Isso ocorre pela reunião de equipamentos, pessoas e procedimentos com o objetivo de selecionar, coletar, avaliar, interpretar e distribuir as informações relevantes e oportunas.
O resultado do SIM — e, por consequência, da inteligência de mercado — é subsidiar os gestores para que as informações sejam direcionadas às pessoas certas, no formato correto e tempo adequado. Assim, é possível agregar vantagem competitiva à organização pelo entendimento dos fenômenos que ocorrem no mercado.
A importância dessa estratégia para seu negócio
Ao agregar as diferentes perspectivas oferecidas pela inteligência de mercado, você tem uma visão mais completa do desempenho organizacional, de acordo com as condições analisadas. Apesar de ser indispensável, a prática é, muitas vezes, ignorada.
Para verificar essa afirmação, basta pensar sobre a sua atuação como gestor de marketing. Você precisa saber sobre as campanhas realizadas, os resultados de vendas e de lançamentos de produtos. Mais que isso, é importante conhecer as ações executadas pela concorrência.
Identificar os pontos fortes e fracos das outras empresas do setor é uma maneira de obter insights e ter ideias inovadoras, que ajudarão a aumentar sua participação de mercado e fortalecer a imagem organizacional. Para isso, é preciso apostar na inteligência de mercado.
Por meio dela, você realiza dois tipos de análise: interna e externa. Com a primeira, você toma decisões mais acertadas e com mais chances de sucesso. Com a segunda, são identificadas oportunidades, que podem estar pouco claras para quem vive a rotina da organização.
Para chegar a esse nível de informações, é preciso trabalhar os subsistemas do SIM. Saiba mais.
Registros internos
As informações são fornecidas por meio de relatórios variados, por exemplo, de pedidos, vendas, preços, contas a pagar e a receber, níveis de estoque, análises de notas fiscais etc. De posse delas, o gestor de marketing faz uma análise apurada e identifica oportunidades e problemas internos, que precisam ser solucionados.
Todos esses dados compõem registros internos, cuja base é o ciclo de pedidos. Nele, vendedores, revendedores e consumidores encaminham solicitações para a empresa. O processo, portanto, envolve toda a organização no trabalho de controlar as atividades internas.
A partir dessa atividade, é possível prever as demandas e planejar a produção tendo como suporte informações confiáveis, já que é a própria organização que as coleta e armazena. Perceba que o foco aqui são os eventos passados, que subsidiam as tomadas de decisão para o futuro.
Inteligência de marketing
Esse subsistema contempla os procedimentos utilizados para obter informações sobre eventos que ocorrem no mercado. Abrange:
- livros;
- jornais;
- fontes públicas;
- conversas com clientes, fornecedores, vendedores e distribuidores;
- publicações especializadas;
- participação em reuniões com profissionais de outras empresas;
- participação em cursos, seminários, encontros e palestra.
Por essa variedade de informações, a inteligência de marketing faz o acompanhamento do que ocorre no ambiente externo. Portanto, fornece informações da concorrência e indica oportunidades e ameaças. Para ser completo, envolve um departamento, empresas especializadas ou pode ser desenvolvido internamente.
Pesquisa de marketing
O objetivo é fornecer estudos formais de marketing a respeito de problemas e oportunidades específicas. Envolve pesquisa de mercado, teste de preferência do produto, avaliação de campanha publicitária e previsão de vendas, por exemplo.
Sistema de apoio à decisão de marketing
O conjunto de informações oferecido pelos três subsistemas citados permite estabelecer a inteligência de mercado, a fim de tomar decisões acertadas no marketing. O processo decisório deixa de ser, portanto, baseado em “achismos” para se tornar embasado em dados de oportunidades, perfil, necessidades e desejos dos potenciais clientes.
As 5 dicas para usar a inteligência de mercado e melhorar os resultados
As explicações vistas até aqui demonstram por que vale a pena usar a inteligência de mercado. Ainda é preciso entender o que fazer para chegar lá. Se o propósito é aumentar o faturamento da sua empresa, é interessante aplicar as estratégias adequadas. Saiba o que fazer com as dicas que apresentamos abaixo.
1. Conheça “quem”, “o quê”, “como” e “por quê”
A melhor forma de entender os fundamentos dessa estratégia é compreendendo que existem quatro aspectos principais a considerar. O primeiro é o “quem”. Ele abrange:
- concorrentes diretos e indiretos;
- parceiros e concorrência aspiracional (são empresas com produtos ou campanhas relacionados, mas não competitivos);
- público-alvo;
- especialistas do setor;
- própria empresa.
O segundo fator é “o quê”, o qual inclui vários aspectos para entender o mercado, como:
- inteligência de equipe (avaliação de colaboradores, mudanças na liderança etc.);
- notícias;
- inteligência de produtos, com detalhes dos itens;
- discussões, inclusive feedbacks;
- inteligência de marketing, até mesmo o de conteúdo, campanhas de mídias sociais e promoções realizadas em todos os canais.
Em seguida, vem o “como”. Ele alavanca a inteligência competitiva pela coleta, pela análise e pela definição de ações. Essa é uma das etapas mais importantes e a que consome mais tempo. Segundo o relatório da Crayon, empresa de avaliação de mercado, 43% do tempo é gasto com rastreamento, busca ou coleta de dados. Esse é um estágio-chave para tomar decisões relacionadas às campanhas.
Por último, vem o “por quê”, ou seja, os motivos pelos quais é necessário investir na inteligência competitiva. É importante entender que essa ação direciona ações táticas e estratégicas com impacto qualitativo e quantitativo para o negócio. Para fazer uma comparação, sem esse conhecimento, é como se você dirigisse um carro com os olhos vendados.
2. Faça o levantamento de dados
É recomendável realizar uma busca abrangente, que inclua diferentes fontes. Por isso, é preciso utilizar uma ferramenta de BI, ou mesmo de Big Data, para coletar diferentes informações, inclusive de e-mail marketing, e-commerce e outras plataformas da web.
Perceba que o ideal é capturar dados estruturados ou não estruturados. Com a ferramenta e a ajuda de um instituto de pesquisa, você trabalha a inteligência de forma sistemática. Em outras palavras, tem a tática necessária para gerar conhecimento e agregar valor à companhia.
3. Analise as informações coletadas
Os dados coletados precisam ser avaliados em profundidade para ser possível delinear diferentes cenários. Nesse momento, vale a pena investir em diferentes ações:
- pesquisa de tendências, para identificar o comportamento do consumidor e mudanças do mercado;
- análise de investimentos, a fim de saber o orçamento de cada ação;
- análise da concorrência, ou benchmarking, para saber quais são os pontos fortes e fracos dos outros negócios e encontrar o caminho mais fácil para o sucesso;
- análise preditiva, com objetivo de reconhecer padrões e determinar as ações mais acertadas para atingir os objetivos futuros.
Além disso, algumas soluções fornecem uma visão completa sobre o contexto analisado. Com um sistema de gestão empresarial (ERP), por exemplo, é possível comparar os dados coletados com aqueles já concretizados e gerar relatórios inteligentes.
4. Direcione a estratégia de forma correta
A compreensão dos dados coletados sinaliza como a empresa deve se portar no mercado nos próximos meses e anos. Eles também indicam tendências de mudanças no comportamento do consumidor e como os clientes devem se relacionar com o negócio. Assim, é possível definir se é melhor investir em outros segmentos ou manter as estratégias atuais, por exemplo.
O levantamento de informações ainda contribui para a redução de riscos e a melhoria do desempenho organizacional. Afinal, ela subsidia o marketing — e outros setores — para lançar as campanhas acertadas e fidelizar clientes, assim como alcançar novos consumidores.
5. Acompanhe a concorrência
O monitoramento dos concorrentes envolve mais que a identificação dos pontos fortes e fracos das outras empresas. Também implica verificação das ameaças e oportunidades existentes. Por exemplo, quais produtos foram lançados e são melhores que os seus? Para qual segmento a companhia se direciona?
Identificar essas e outras respostas torna sua empresa mais competitiva, porque você sabe quais são os aspectos a serem melhorados no seu negócio e na concorrência. Mais que isso, essas ações elevam o faturamento organizacional.
Por exemplo, se a concorrência lança um produto inovador, mas ele fica encalhado nas prateleiras, você pode fazer uma análise e identificar o ponto negativo. A partir disso, é possível colocar no mercado um item similar, mas com maior aderência ao público-alvo.
Desse modo, todas as ações apresentadas estão interligadas e devem ser consideradas em diferentes circunstâncias. É isso que a inteligência de mercado prega — e o que sua empresa conquistará ao usar essa estratégia de forma acertada.
O que achou de conhecer as boas práticas para aumentar o faturamento da sua empresa? Aproveite e entenda como a competição de mercado é importante para os negócios.
Ao planejar uma campanha ou definir as estratégias de marketing de uma empresa , é fundamental definir e conhecer a fundo o público ao qual ela se direciona . Somente dessa forma, a campanha atingirá os resultados desejados. Por isso, toda campanha, plano de comunicação ou de marketing deve ter uma ou mais personas bem definidas. Para isto, pesquisa de mercado é fundamental.
Mas afinal, o que são as personas?
Antigamente as empresas e agências de comunicação definiam o mercado a partir da identificação de um segmento-alvo. A segmentação ajuda a determinar qual é o potencial de mercado de uma empresa ou produto e certamente contribui para refinar o entendimento sobre quem são os potenciais clientes, diferenciando a atuação de uma empresa que atua sob a perspectiva do marketing de massa daquela que já atua de modo mais direcionado.
Para definir o segmento-alvo de de uma empresa, basicamente as empresas recorrem a quatro dimensões de análise do mercado:
1) Variáveis demográficas (sexo, idade, escolaridade, classe social, raça, etc);
2) Variáveis geográficas (bairro, cidade, estado, região, país, etc)
3) Variáveis psicográficas (personalidade, estilo de vida, valores, etc.)
4) Variáveis comportamentais (frequência e volume de compra, produtos comprados, forma de pagamento, etc.)
A definição do segmento-alvo geralmente leva a declarações de públicos-alvo que tendem a ser genéricas, tais como: “O público-alvo da minha empresa são homens e mulheres, com idade entre 18 e 40 anos, classe social A-B, residentes na Região Sudeste, que tendem a ser conservadores e costumam comprar nossos produtos a cada 2 anos”.
Já a definição da persona é uma prática que está alinhada às empresas que atuam com mercados muito bem definidos, tal como as que fazem marketing de nicho. Basicamente, ao definir a persona a empresa consegue, como o próprio termo sugere, personificar um cliente hipotético, que é a representação de do seu público ideal ou primário. Além das dimensões utilizadas para segmentar o mercado, uma boa definição de persona envolve: a) a escolha de uma foto ou imagem para representa-lo(a); b) a escolha de um nome; c) a definição de suas dores (necessidades) e motivações; d) preferencias pessoais, dentre inúmeros outros elementos que dão um caráter muito mais pessoal e específico sobe quem é tal público (ou pessoa).
No entanto, é importante entender que a definição da persona não pode ser feita com base na intuição. As pesquisas de mercado são fundamentais para gerar informações sobre a persona, de modo que toda a campanha ou estratégia esteja alinhada com o mercado, o que envolve os clientes, a concorrência e a própria empresa que está desenvolvendo a estratégia.
A pesquisa de mercado é uma etapa essencial para que as agências abordem o público-alvo da melhor forma e consiga, assim, garantir maior eficácia em suas ações. Se sua agência não utiliza pesquisas de mercado, cuidado!
Neste post apresentamos 5 dicas para as agências de comunicação e empresas que querem contratar uma pesquisa e obter resultados que efetivamente contribuem para o sucesso das campanhas de comunicação e estratégias de marketing.
Como fazer uma pesquisa de mercado eficiente?
Agora que você já entendeu a importância de usar as informações levantadas pela pesquisa de mercado para o planejamento de comunicação e/ou de marketing, confira nossas dicas para fazer esse trabalho de maneira mais eficiente.
1. Saiba a hora de fazer, mas também o tipo de pesquisa a ser feita
É importante, antes de mais nada, definir o objetivo da pesquisa. O que você quer medir para viabilizar sua campanha ou estratégia de marketing? Você pode fazer uma pesquisa para avaliar a satisfação do cliente, identificar o perfil e as preferências do público-alvo, ou mesmo com o objetivo de testar determinadas campanhas, produtos ou embalagens.
A pesquisa é importante para todas essas tarefas, mas o momento de sua realização dependerá dos dados que se quer levantar e das decisões que serão tomadas.
Vale lembrar, no entanto, que além do entendimento melhor momento para realizar a pesquisa, é fundamental determinar qual é a técnica e o método de pesquisa mais adequado para cada momento ou objetivo.
Se você quer avaliar as percepções que o mercado possui sobre sua marca, talvez o melhor caminho seja a conjugação de entrevistas em profundidade com algum tipo de pesquisa quantitativa. Mas se o seu objetivo é determinar como se dá o processo de decisão de compra do seu consumidor, talvez a técnica mais indicada seja o Laddering.
2. Contrate uma empresa de pesquisa de mercado confiável e especializada em marketing
Embora os profissionais de comunicação tenham conhecimento sobre métodos e técnicas de pesquisa, é fundamental contratar uma empresa especializada para realizar esse trabalho. Além de garantir maior veracidade aos resultados, ela saberá como formatar e aplicar a pesquisa, além de consolidar os resultados e elaborar relatórios que possam efetivamente auxiliar nos processos de planejamento e tomada de decisão.
Uma boa empresa de pesquisas de mercado, especializada em marketing, saberá definir qual o universo a ser pesquisado, o método e técnica mais adequado e qual a amostra necessária para que os dados possam ser validados. Para isso, é fundamental que a agência informe o máximo de detalhes sobre a marca, seus objetivos e seu posicionamento no mercado.
Existem muitos tipos de institutos de pesquisa. Alguns são especializados em estudos sociológicos, voltados para planejamento de políticas públicas, geralmente coordenados por sociólogos. Outros são focados em pesquisas eleitorais, coordenados geralmente por cientistas-políticos.
Os institutos de pesquisa especializados em marketing devem ter profissionais que entendem de mercado, gestão e comportamento do consumidor. Antes de contratar um instituto de pesquisa, analise o perfil do seu corpo técnico. Lembre-se, ele deve ter profissionais com elevada formação acadêmica, mas tal formação deve ser relacionada com o tema da sua pesquisa, ou seja, marketing.
3. Faça um bom briefing de pesquisa
Briefing é um documento que contém diversas informações sobre a marca a ser pesquisada, seus conceitos, posicionamento, público-alvo, entre outros detalhes relativos à empresa contratante e ao seu mercado. Quanto mais dados você passar para a empresa responsável pela aplicação da pesquisa, melhor o resultado do trabalho. O briefing deve ajudá-la a compreender sua empresa, seu mercado e os motivos pelos quais a pesquisa está sendo contratada.
Para fazer um bom briefing, é importante definir quais são os objetivos da pesquisa e da marca. A intenção é lançar um produto? Reforçar o posicionamento da marca no mercado? Entender melhor o comportamento de seus clientes e medir sua satisfação? Todas essas informações devem ser encaminhadas à empresa que fará a pesquisa.
4. Entenda a diferença entre pesquisas qualitativas e quantitativas
A pesquisa qualitativa procura entender as situações e os fenômenos pesquisados por meio de análise de narrativas, enquanto a quantitativa coleta dados que podem ser codificados de forma numérica.
Na qualitativa, as informações são coletadas por meio de entrevistas, questionários abertos e observações em campo. Por essa razão, ela é mais subjetiva do que a quantitativa, feita de modo objetivo.
A pesquisa quantitativa é usada para coletar grandes quantidades de dados, enquanto a qualitativa normalmente utiliza pequenas amostragens, com o objetivo de conhecer mais profundamente os dados do indivíduo pesquisado.
Sendo assim, se o objetivo é compreender à fundo um determinado público ou adentrar nos aspectos culturais e subjetivos que norteiam o comportamento dos consumidores, talvez a melhor opção seja por um estudo qualitativo. Já se o objetivo é fazer uma previsão de vendas, comparar mercados ou até mesmo estabelece indicadores-chave de desempenho (KPI), talvez a pesquisa quantitativa seja a mais indicada.
É neste ponto que o conhecimento técnico e a formação específica do pesquisador na área de marketing se fazem fundamentais para o sucesso da pesquisa. Pesquisa é um serviço técnico e complexo que exige a participação de um time competente e especializado na área.
5. Saiba a diferença entre amostras probabilísticas e não probabilísticas
Na amostragem probabilística, a seleção dos indivíduos a serem pesquisados é feita de forma aleatória e com bastante rigor no processo de sua seleção. Já na amostragem não probabilística, o processo de seleção dos entrevistados é menos rigoroso, geralmente envolve formas de seleção dos respondentes mais rápidas e menos onerosas. Sendo assim, uma das grandes diferenças entre os dois tipos de amostragem é que o cálculo da margem de ero somente pode ser realizado para amostras probabilísticas.
A grande maioria das pesquisas de marketing utilizam amostras não probabilísticas em função do tempo exigido e do seu custo. Contudo, isto não significa que qualquer forma de amostragem deve ser aceita. O primeiro ponto a se garantido é que a pesquisa aborde o público de interesse da empresa, o que envolve a definição do universo da pesquisa. Além disto, é recomendável que a amostra seja coletada evitando-se a concentração em um único ponto da cidade, ou junto a um perfil muito específico de público.
Sendo assim, recomenda-se a utilização da amostragem por cotas, que determina a proporção da distribuição do público a ser pesquisado, buscando estabelecer um retrato o mais próximo possível do universo pesquisado. Geralmente, as cotas envolvem a determinação do número de entrevistas a serem realizadas em termos de sexo, idade, região de moradia, classe social e/ou educação.
Vale destacar que, independentemente do método escolhido para a realização da pesquisa, é importante sempre verificar a descrição da metodologia antes de interpretar os resultados. A forma como os questionários foram aplicados, o universo considerado e a amostragem, entre outros aspectos, precisam ser considerados na análise.
Com base nos resultados da pesquisa, a agência consegue definir quais as melhores estratégias para fortalecer a imagem da marca e melhorar o seu posicionamento perante os clientes. Como é possível perceber, esse é um trabalho sério, que deve ser executado com critérios, por uma empresa com experiência em pesquisa de mercado.
Quer conhecer melhor as ferramentas e aplicações das pesquisas na área de marketing? Então, entre em contato conosco agora mesmo!
Em muitos setores, a análise da concorrência é um fator determinante para o sucesso. Como a concorrência está cada dia mais acirrada, não basta conhecer o perfil do seu público-alvo e buscar a diferenciação. Sem conhecer as estratégias dos seus concorrentes, o risco de não atingir suas metas é muito grande.
Esse é o conceito do marketing de guerra, uma abordagem que considera que a avaliação das práticas adotadas pelos concorrentes é fundamental para nortear o planejamento de ações de marketing, especialmente nos negócios de varejo. Nesse setor, a concorrência acirrada, muitas vezes, leva à guerra de preços, à desvalorização de produtos e serviços e a outros problemas que causam impactos negativos nos negócios.
Quer saber como aplicar as estratégias do marketing de guerra em seu negócio e destacar-se no mercado? Continue a leitura de nosso post e entenda a importância de acompanhar as ações dos seus concorrentes!
Conheça seus concorrentes para melhorar seus resultados
O que a concorrência pode ensinar sobre seu negócio? Se você acha que a resposta é “nada”, é hora de rever os seus conceitos. Analisar as ações dos demais competidores ajuda a entender como eles atuam no mercado e qual o impacto disso em seu negócio. Muitas vezes, um olhar crítico sobre os adversários mostra que é hora de inovar e adotar estratégias diferentes.
Imagine, por exemplo, que, em uma determinada região, várias empresas pratiquem preços semelhantes ao prestar o mesmo serviço. O diferencial para o consumidor escolher uma delas será a qualidade do serviço ou o bom atendimento, certo? No entanto, descobrir como se destacar, é fundamental avaliar como é o trabalho dos concorrentes!
Esse é o conceito do termo marketing de guerra, que foi inspirado no livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu, escrito no século IV aC. A obra descreve uma série de estratégias a serem seguidas em uma situação real de guerra, mas seus conceitos trazem lições importantes aos empresários do mundo atual, especialmente em relação ao marketing.
De acordo com os ensinamentos de Sun Tzu, para vencer a guerra são necessários três tipos de informações:
- conhecer o terreno (ou ambiente) onde o confronto ocorre;
- conhecer as armas do oponente (ou, no caso, do concorrente);
- conhecer suas próprias armas.
Transpondo esses conceitos para o marketing, fica claro que é essencial conhecer o mercado e as estratégias dos concorrentes para conseguir sobressair. Na interpretação do professor Dr. Matheus Lemos de Andrade, diretor da Jumppi, “o terreno da batalha é a mente dos consumidores, uma vez que é na consciência e nas percepções dos consumidores onde a verdadeira guerra do marketing ocorre. As armas são os pontos positivos, os recursos de cada empresa e como elas se utilizam deles”.
Ou seja, para competir no mercado, é essencial identificar as ações dos competidores e, mais do que isso, saber quem são, de fato, seus concorrentes. “É preciso compreender que os concorrentes são aqueles que roubam nossos clientes”, explica Andrade. “Assim, por exemplo, um concorrente de uma academia de musculação pode tanto ser outra academia, quanto uma escola de dança ou até mesmo uma nutricionista, caso o cliente esteja em busca de perda de peso”.
Mas o conceito de concorrência não para por aí, existem concorrentes que disputam pelos mesmo recursos dos consumidores, mas que atuam em mercados totalmente distintos. é o caso de uma floricultura que compete com uma loja de chocolates. No dia das mães, um filho pode optar por dar de presente para sua mãe um chocolate, assim como um arranjo de flores. Neste caso, ambos os produtos estão sendo analisados sob a perspectiva de uma categoria comum: “presentes”.
Saiba identificar a concorrência
Existem diversos perfis de concorrentes que devem ser considerados para traçar sua melhor estratégia de marketing. Confira:
- concorrente direto é aquele que comercializa o mesmo produto ou serviço para o mesmo público-alvo;
- concorrente indireto é quem vende um produto diferente, mas que atende à mesma necessidade de seu cliente (como no caso da academia e do nutricionista, que oferecem serviços completamente distintos, mas que prometem o mesmo objetivo de boa forma);
- concorrente potencial é o que vende o mesmo produto que você, mas destinado a um público distinto.
- Concorrente genérico é o que vende um produto totalmente diferente do seu, que atende o mesmo público, mas que compete pelos mesmos recursos do consumidor. Para exemplificar, imagine um(a) chefe de família que tem que optar por trocar de carro ou fazer uma viagem internacional com toda a família. a concorrência ocorre porque os recursos dos consumidores muitas vezes são escassos, e não por uma questão de categoria de produto ou de necessidade atendida.
Além disso, nos negócios de varejo, a concorrência também considera o fator geográfico. Assim, empreendimentos que atendem o mesmo público, localizados em uma mesma região de influência, são obviamente concorrentes que devem ser acompanhados mais de perto.
Hoje, com a facilidade das compras online e o crescimento dos e-commerces, esse conceito de proximidade já não é tão relevante para todos os segmentos. No entanto, para alguns mercados, a concorrência regional ainda é um fator essencial a ser considerado. Um exemplo são os postos de combustíveis ou o segmento de educação, onde a localização da empresa se mostra como um elemento importante para o consumidor.
Sobre os tipos de concorrência, é mais comum que as empresas acompanhem seus concorrentes diretos, uma vez que é mais fácil comparar as ofertas. Contudo, Andrade orienta que para empresas que querem acompanhar seus concorrentes genéricos, uma forma de comparação seria estabelecer faixas de preço. “Imagine que sua loja que vende roupas e esteja em concorrência com uma loja de perfumes logo ao lado.
Para saber se sua loja é competitiva, pergunte-se o que o seu cliente consegue comprar com 50, 100 ou 200 reais na sua loja e compare com o que ele(a) conseguiria comprar na outra loja, nestas mesmas faixas de preço. Talvez dessa forma você conseguirá perceber se suas ofertas estão competitivas ou não”.
Descubra como adotar a estratégia do marketing de guerra
Agora que você já sabe identificar a concorrência, é fundamental saber quais são as estratégias necessárias para colocar em prática o chamado marketing de guerra. Vale pesquisar preços e serviços, campanhas específicas e os diferenciais que essas empresas oferecem ao mercado.
Os concorrentes diretos e os mais próximos da sua empresa devem ser os primeiros a serem analisados, pois representam risco maior ao seu negócio. No entanto, todos que competem, direta ou indiretamente, pelo seu público, precisam ser avaliados e ter suas estratégias observadas. O estudo da concorrência é fundamental para que sua empresa enxergue o seu nível de competitividade.
Esse olhar crítico sobre a concorrência é importante para que sua empresa perceba brechas que possa ter deixado, seja no atendimento aos clientes, seja nos preços praticados. Além disso, a análise permite a identificação de nichos específicos que não estão sendo atendidos pelo mercado e, por essa razão, podem se tornar uma nova área de negócios em sua empresa.
Outro aspecto essencial a ser analisado é a questão da concorrência baseada apenas em preços. Seu concorrente pratica valores melhores do que os seus? Nesse caso, é preciso analisar vários fatores antes de entrar em uma guerra de preços:
- Posso oferecer um atendimento melhor ou um produto de maior qualidade?
- Vale a pena entrar na guerra de preços para vender mais se minha margem de lucro será menor? Com a perspectiva de elevação das vendas, os meus custos tenderão a aumentar, trazendo desequilíbrio às contas?
- Um programa de fidelização de clientes pode fazer com que minha competitividade aumente?
- Será que um atendimento personalizado ou a diversificação nos meios de pagamento podem ser diferenciais da minha empresa, evitando a necessidade de competir apenas por preço?
Para conhecer melhor as ações da concorrência e analisar quais as melhores práticas do marketing de guerra a serem adotadas, é essencial realizar pesquisas aprofundadas, utilizando-as como ferramentas para monitorar o mercado, o comportamento do consumidor e o posicionamento dos demais players. Além disso, a pesquisa é fundamental para nortear as campanhas publicitárias.
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